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O lado negro dos enxames de estrelas

13 de Maio de 2015

Algumas semanas atrás, à volta de uma galáxia, muito, muito distante encontrou-se um novo tipo de estrela “negra”.

A nossa galáxia, a Via Láctea, está rodeada por cerca de 150 grupos de estrelas designados por enxames globulares. Cada um contém material suficiente (massa) para criar umas dezenas ou centenas de milhares de estrelas.

Uma galáxia designada por Centauro A está rodeada por milhares de enxames globulares. Cada círculo na imagem mostra a posição de um enxame. Muitos deles são normais. Os mais brilhantes contêm mais estrelas, o que os torna mais massivos.

Mas existe um pequeno número que parece realmente estranho. Parecem conter algo mais do que estrelas. Algo nestes enxames é escuro, está escondido e tem muita massa. Mas do que se trata?

A equipa de astrónomos explorou diferentes possibilidades. Talvez os enxames negros contenham buracos negros, que são massivos mas invisíveis? Ou talvez os enxames estejam cheios de matéria negra?

Matéria negra é um material estranho que não emite luz, é totalmente invisível. Esta “coisa” estranha não se encontra normalmente nos enxames globulares mas talvez por alguma razão desconhecida se encontre nestes enxames? Isto explicaria a estranha descoberta. Mas até termos a certeza estes enxames permanecem um mistério.


Facto curioso

Estes enxames globulares não são os únicos objetos escuros em Centauro A, no centro desta galáxia encontra-se um buraco negro 55 vezes mais massivo que o nosso Sol!

Esta é a versão para crianças da Nota de Imprensa do ESO eso1519.